Uma pesquisa recente demonstrou que mais de 22 milhões de brasileiros consomem conteúdos pornográficos -desse número, mais de 76% são homens. Esse dado por si só já é muito alarmante, mas algo choca ainda mais: a idade média do início do consumo de pornografia é aos 12 anos!
Devemos nos perguntar: como esse consumo afeta a vida sexual, em especial dos meninos, que são o público-alvo? Inúmeros estudos demonstraram que não só o comportamento sexual do consumidor de pornografia é alterado, como seu funcionamento cerebral frente ao sexo, à intimidade e à excitação.
Sabemos que nosso cérebro e nossa psique são altamente influenciados e moldados pelas nossas experiências e vivências- com a pornografia e a vida sexual isso não seria diferente. O consumo de pornô se mostra como um fator de risco e de malefícios não só para a saúde de quem consome, mas para seus relacionamentos, para sua autoestima e para seu prazer e satisfação com as relações sexuais.
A excitação e o desejo sexual são, em grande parte, formados por uma expectativa que é natural – expectativa essa que diz respeito à vontade de satisfazer ao outro e a si, de encontrar um momento de prazer e de estreitar as intimidades: isso é natural e saudável. Por outro lado, a pessoa que é exposta a muitos conteúdos pornográficos tem sua expectativa sexual extremamente abalada. Pense comigo: o ato sexual registrado pelas câmeras produtoras de filmes pornográficos é maquiado, editado, performático- ou seja, é irreal. A pessoa que consome esse conteúdo pode apresentar dificuldade em sentir prazer na relação sexual com seu parceiro porque isso significaria sentir prazer em algo real, em uma troca autêntica e verdadeira de intimidade que quase nunca será como nos filmes adultos.
Os corpos dos atores pornôs são modificados para cumprir um suposto ideal de desempenho sexual que nunca irá condizer com a vida real. São diversos procedimentos estéticos, modificações e maquiagens que tornam o corpo desse ator não só o mais sexualizado possível, como também o torna muito diferente dos nossos. Dessa forma, o cérebro de quem consome pornografia começa a relacionar fatores como o desejo pelo outro, o prazer e a auto percepção com imagens e figuras de parceiros e relações que são uma fantasia e não condizem com a troca sexual da vida real.
Além disso, a pornografia se presta ao papel da manutenção de uma dura realidade: infelizmente, nossa sociedade ainda vê a mulher como pertencente a uma classe inferior ao homem. O ato sexual registrado pela câmera dessas produtoras sabe que seu maior público são homens e fazem esses filmes e vídeos pensando no prazer masculino. As mulheres são retratadas, então, como meros objetos para a satisfação, e isso se torna um grande problema quando o comportamento do consumidor está tão condicionado pela dinâmica pornográfica que ele aplica isso para o sexo com sua parceira. Outro aspecto importante é o aumento do comportamento sexual de risco. Nos conteúdos pornográficos o sexo sem camisinha é disseminado, bem como algumas agressões a(0) parceira(o).
A pornografia pode trazer sérios problemas psicológicos. A psicoterapia é uma poderosa aliada: com mais de 30 anos de experiência clínica, as portas do meu consultório estão abertas para você!
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