As pessoas com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) passam o dia inteiro com uma exagerada preocupação e tensão, mesmo quando há pouco ou até mesmo, nada que possa provocar isso. Elas antecipam desastres e sempre estão extremamente preocupados com questões relacionadas à saúde, dinheiro, problemas familiares, ou dificuldades no trabalho. As vezes, só o pensamento de ficar pensando o dia inteiro produz ansiedade.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada é diagnosticado quando uma pessoa se preocupa excessivamente em relação à uma variedade de problemas do dia a dia por pelo menos seis meses. As pessoas que possuem esse transtorno, não conseguem se livrar das suas preocupações, mesmo que elas percebam que a ansiedade envolvida é maior do que o necessário. Elas não conseguem relaxar e possuem dificuldade de se concentrar. Normalmente, elas possuem dificuldade para dormir ou até mesmo ficam acordadas durante a noite. Os sintomas físicos sempre acompanham a ansiedade e são eles: fadiga, dor de cabeça, tensão muscular, dor muscular, dificuldade em engolir alimentos, tremedeira, contração muscular, irritabilidade, sudorese, náuseas, tontura, vontade de ir ao banheiro frequentemente, falta de ar e ondas de calor.
Quando o nível de ansiedade é baixo, as pessoas com o Transtorno de Ansiedade Generalizada podem conviver socialmente e se manter em um trabalho. Apesar de elas não evitarem certas situações como consequência do seu transtorno, as pessoas com TAG podem ter dificuldade em executar as atividades simples do dia a dia se a ansiedade é severa.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada afeta cerca de 6.8 milhões de adultos americanos, afetando duas vezes mais mulheres do que homens. O transtorno se desenvolve gradualmente e pode começar em qualquer ponto da vida, embora o período de maior risco é entre a infância e a meia idade. Existem evidências que os genes desempenham um pequeno papel na doença.
Outros transtornos de ansiedade, depressão ou abuso de substâncias podem acompanhar o TAG, o qual dificilmente ocorre individualmente. O TAG normalmente é tratado com medicação ou com uma terapia cognitiva-comportamental, mas quando existem condições que acontecem simultaneamente, é necessário uma terapia apropriada.
Depoimentos
“Eu sempre pensei que era somente uma preocupação. Eu me sentia tensa e impossibilitada de relaxar. Às vezes, essa sensação ia e vinha e às vezes, era algo constante. Poderia persistir por dias. Eu me preocupava com o que eu ia fazer para um jantar de aniversário ou o que seria um bom presente para alguém. Eu simplesmente não conseguia deixar algo correr naturalmente.”
“Quando os meus problemas estavam na pior fase, eu não conseguia trabalhar e me sentia horrível por isso. Após, eu me preocupei em perder meu trabalho. Minha vida estava horrível até eu começar o tratamento.”
“Eu ando tendo péssimos problemas para dormir. Tem vezes que eu acordo no meio da noite. Eu também tenho problemas com concentração, até mesmo quando eu estou lendo o jornal ou vendo um programa de televisão. Às vezes, eu tenho me sentido um pouco tonto. Meu coração dispara e isso me faz ficar mais ainda preocupado. Eu sempre fico imaginando que as coisas são piores do que realmente são. Quando eu tenho uma dor no estômago, eu já fico pensando que é uma úlcera.”
Texto extraído do material “Anxiety Disorders”, por National Institute of Mental Health.