A especificidade do diagnóstico e tratamento psicopedagógico consiste no fato de que existe um objetivo a ser alcançado: a eliminação do sintoma – os obstáculos na aprendizagem. Assim, a relação do psicopedagogo-aprendente é mediada por atividades bem-definidas, cujo objetivo é solucionar rapidamente as consequências do sintoma, para logo depois mobilizar e desenvolver os recursos cognitivos. Esta é a maior complexidade na atuação do psicopedagogo, pois está relacionado com a operacionalização do trabalho e consequentemente com o êxito. Tal afirmação decorre da minha atuação como Supervisora. Frequentemente me deparo com situações em que, não podendo suportar as pressões (internas ou externas), o psicopedagogo opta por uma abordagem mais emergente, introduzindo o conteúdo escolar atual como tarefa nas seções, ou seja, buscando eliminar de pronto o problema escolar.
A pressão é interna e externa, porque muitas vezes o profissional, devido à sua ansiedade, tenta apressar o processo, pois, assim como a criança, a sua autoestima depende de avaliação externa, de modo que chega a experimentar a mesma frustração que a criança vive na Escola. Mas é importante ressaltar: se iniciar a intervenção psicopedagógica trabalhando o próprio conteúdo escolar resolvesse o problema, a aula particular ou mesmo o reforço escolar seria a solução. E bem sabemos que não é.
Conteúdo:
- O problema escolar, a queixa e a demanda latente
- Natureza das dificuldades de aprendizagem
- Singularidade do diagnóstico psicopedagógico
- Instrumentos de diagnóstico
- Devolutiva: sujeito, família, escola
- Estudo de caso: ilustrando a prática
Duração: 50 min.
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